segunda-feira, 29 de setembro de 2008

A Crise mundial nas fontes de água potável




Diário de Noticias on-line, Domingo, 23 de Março de 2008

A cada 20 segundos, morre uma criança com alguma doença relacionada com a falta de água potável. Isto origina um holocausto anual de 1,5 milhões de vidas. Mais de mil milhões de pessoas têm dificuldades de acesso a água segura e 2,6 mil milhões não dispõem de instalações sanitárias. A ONU, que celebrou ontem o Dia Mundial da Água, quer reduzir o número de pessoas nesta situação para metade, até 2015.

Este objectivo é uma verdadeira corrida contra o tempo e será difícil de alcançar: de um lado, estão as alterações climáticas ou os problemas económicos; do outro lado, avanços tecnológicos e novas técnicas de gestão. A água é um bem escasso e a ciência conhece esse facto há muito tempo, mas as crescentes necessidades estão a colocar outra pergunta: até que ponto existe uma crise mundial no acesso à água potável?
LUÍS NAVES

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Carta Europeia da Água


Proclamada pelo Conselho da Europa em Maio de 1968

I- Não há vida sem água. A água é um bem precioso indispensável a todas as actividades humanas.
II- Os recursos hídricos não são inesgotáveis. É necessário preservá-los, controlá-los e, se possível, aumentá-los.
III- Alterar a qualidade da água é prejudicar a vida do homem e dos outros seres vivos que dela dependem.
IV- A qualidade da água deve ser mantida em níveis adaptados às utilizações e, em especial, satisfazer as exigências da saúde pública.
V- Quando a água, após ser utilizada, volta ao meio natural, não deve comprometer as utilizações que dela serão feitas posteriormente.
VI- A manutenção de uma cobertura vegetal apropriada, de preferência florestal, é essencial para a conservação dos recursos hídricos.
VII- Os recursos hídricos devem ser objecto de um inventário.
VIII- A eficiente gestão da água deve ser objecto de planos definidos pelas autoridades competentes.
IX- A salvaguarda da água implica um esforço muito grande de investigação científica, de formação técnica de especialistas e de informação pública.
X- A água é um património comum cujo valor deve ser reconhecido por todos. Cada um tem o dever de a economizar e de a utilizar com cuidado.
XI- A gestão dos recursos hídricos deve inserir-se no âmbito da bacia hidrográfica natural e não no das fronteiras administrativas e políticas.
XII- A água não tem fronteiras. É um bem comum que impõe uma cooperação internacional.